Entenda como a liderança deixou de ser autocrática e focada nas tarefas e passou a ser colaborativa e focada nas pessoas
Por Erica Mendes
O ambiente corporativo tem passado por muitas mudanças nos últimos anos, apontando a necessidade de as empresas terem que adaptar suas lideranças para acompanhar o ritmo. A receita é simples: à medida que a estrutura empresarial evolui e o pensamento inovador domina, a forma de liderança tem que se ajustar.
Antes a liderança era autocrática e focada na tarefa
Em geral, os gerentes tomavam as decisões, com pouca (ou quase nenhuma) colaboração dos funcionários. Eles tinham controle total, orientando as pessoas sobre o que, quando e como fazer. O foco estava na realização das tarefas. “O entendimento era puramente de uma relação de comandante e comandado”, explicou Karen Lucena, mestre em Gestão de Organizações Aprendentes, executiva do setor financeiro e criadora do perfil no Instagram @gestora.sincera. Segundo a profissional, nesse cenário (que era mais estável), também era mais fácil para as organizações identificarem seus futuros líderes. “Com um plano de carreira linear sendo a norma e as pessoas permanecendo nos empregos por mais tempo, as organizações sabiam exatamente de onde viriam os próximos chefes: daqueles que batiam mais metas”.
Agora a liderança é colaborativa e focada nas pessoas
Hoje, com um mundo impulsionado por constantes mudanças, os líderes devem estar sintonizados com o impacto da tecnologia e serem altamente adaptáveis. Esta nova forma de trabalhar traz inovação e criatividade, proporcionando uma abordagem mais colaborativa. Nesse novo estilo de liderança, o trabalho não é mais organizado de cima para baixo. “Atualmente, espera-se que um líder seja capaz de conseguir equilibrar os interesses de cada liderado, da empresa e os seus próprios. Além disso, espera-se também que o líder inspire, guie e extraia do time resultados que permitam que as empresas cresçam”, disse Karen. “Para isso, um líder precisa de habilidades que vão muito além do conhecimento técnico”, continua. Por isso, houve uma mudança da liderança regida por essas habilidades técnicas para uma regida por ‘soft skills’: as habilidades de personalidade. Os líderes precisam saber lidar e motivar pessoas em primeiro lugar”.
O aumento do trabalho remoto, por sua vez, enfatizou ainda mais a importância de os líderes confiarem nas pessoas para trabalhar em prol dos objetivos organizacionais, sem monitoramento ou orientação constante. Essa noção de capacitar, em vez de sufocar é fundamental para a nova liderança.
Como identificar um novo líder?
Identificar futuros líderes em uma empresa não é tão fácil hoje como era antigamente. “Lembra de quando um líder era escolhido pelo conhecimento técnico ou pelos cursos que tinha? Pois é! Esse tipo de seleção de líder está ficando démodé! Os líderes mais desejados hoje em dia são os que conseguem reconhecer e lidar com as emoções (suas e do time) e que conseguem se relacionar com assertividade. E para ser assertivo nas relações, esses líderes precisam ter empatia, saber ouvir, se comunicar com clareza e objetividade, aprender continuamente, além de ter um interesse genuíno em desenvolver e ensinar outras pessoas”, concluiu a especialista.
