Os diamantes Donnersmarck, um par de poderosos diamantes amarelos de cor intensa e radiante, farão parte do leilão que Sotheby’s promoverá em Genebra no próximo dia 15 de novembro. Uma das gemas tem lapidação almofada e 102,54 quilates, já a outra é um diamante em forma de pera de 82,47 quilates. A dupla está sendo oferecida em um único lote com uma estimativa de pré-venda de US $ 9 a US $ 14 milhões.
As preciosidades fazem parte da coleção de La Païva, a condessa Henckel von Donnersmarck (1819-1884), tida como a mais famosa das cortesã francesas do século XIX, segundo a Sotheby’s. Nascida em uma família humilde, de Ester Lachman, pertencente a Rússia, a condessa chegou a Paris aos 18 anos de idade e foi introduzida nos círculos culturais e artísticos da cidade. Ela ganhou a amizade de muitos artistas, incluindo Richard Wagner, Hans von Bülow, Théophile Gautier e Emile de Girardin.
No final da década de 1840, conheceu o Marquês português Albino Francisco de Araújo de Païva. Eles foram casados em 1851, mas o casamento durou apenas um dia. Nessa época ela conheceu seu futuro marido, o nobre alemão Conde Guido Henckel von Donnersmarck (1830-1916), um dos homens mais ricos da Europa. Em 1871, os dois se casaram e, entre as muitas joias que ganhou do marido, estavam os dois cobiçados diamantes amarelos.
Após a morte de La Païva em 1884, o conde, que se tornou príncipe em 1901, manteve a propriedade dos diamantes. Eles permaneceram na família Donnersmarck por mais de um século até que apareceram em leilão na Sotheby’s em 2007, onde foram vendidos por aproximadamente US $ 7,9 milhões. Depois de 10 anos eles retornam em novembro para serem protagonistas de um leilão em que a Sotheby’s comemora seu 10º aniversário em vendas dedicadas a “joias nobres”. Na mesma venda, a Sotheby’s está oferecendo “The Raj Pink”, o maior diamante rosa do mundo, que pesa 37.30 quilates e tem estimativa de arrecadar US $ 20 a US $ 30 milhões.
