Extremamente raro, o rubi é também o mineral mais valioso dos coríndons
Por Erica Mendes
O rubi, uma das pedras preciosas mais clássicas da joalheria, é a birthstone do mês de julho, regente dos signos de áries, leão, escorpião e capricórnio e representante das bodas de 40 anos. Ele está relacionado ao dom da palavra, sendo também gema dos advogados e jornalistas.
Com dureza 9 na Escala de Mohs, é formado a partir do oxigênio (O) e do alumínio (Al), sendo reconhecido como membro da espécie mineral coríndon somente em 1800. Até esse ano, juntamente com o espinélio vermelho e a granada, era comumente chamado de carbúnculo.
A origem do seu nome está relacionada à sua cor: rubeus, do latim, que significa rubro. Sua coloração provém do cromo, que se liga ao óxido de alumínio durante a sua formação, podendo variar do vermelho alaranjado ao vermelho arroxeado e vermelho amarronzado, de acordo com a jazida.
O rubi ‘sangue de pombo’
Considerando que, na sua forma mais pura, o coríndon é absolutamente incolor, quanto mais cromo, mais forte é a cor vermelha. E os raros exemplares que apresentam o vermelho puro, podendo chegar a um vermelho ligeiramente arroxeado, são chamados pelos joalheiros de rubi ‘sangue de pombo’. Esta é a cor característica dos rubis birmaneses, extraídos em Myanmar (antiga Birmânia). É somente neste país, localizado na Ásia, mais especificamente numa região de apenas mil quilômetros quadrados, chamada Mogok, onde são encontrados os rubis mais expressivos em cor e quilatagem.
Essa raridade faz com que o rubi seja uma das gemas coloridas mais importantes no mercado: é a variedade mais valiosa da espécie mineral coríndon, podendo apresentar o maior preço por quilate de qualquer pedra colorida.