Atualizações em sistema permitem maior segurança em aeroportos
Faz parte da rotina dos fiscais da Receita Federal investigar e coibir o contrabando de produtos que entram pelos aeroportos brasileiros sem pagar impostos. As joias, relógios e gemas fazem parte da lista que é alvo dos agentes, que são treinados para reprimir práticas de delitos, como tráfico de drogas, contrabando e descaminho. Há diversas investigações em curso para descobrir crimes de contrabando e impedirem que entrem no país produtos ilegais, sem a cobrança das devidas taxas de impostos.
Para isso, o órgão conta com a ajuda de recursos sofisticados, como até mesmo computadores que são capazes de reconhecer o rosto de quem é ficha suja.
Também há equipamentos especiais capazes de detectar fundos falsos em malas, usados para esconder joias, relógios e pedras preciosas. Anualmente, cerca de 21 milhões de passageiros desembarcam no Brasil. E para fiscalizar todas essas pessoas é necessária uma estrutura tecnológica rápida e eficiente. Por trás de todo esse controle está o sistema de Declaração Eletrônica de Bens do Viajante (e-DBV ). Desenvolvida pelo Serpro, a ferramenta ganhou, melhorias no módulo de fiscalização. Agora, é possível selecionar suspeitos de atividades ilícitas por critérios mais específicos, rastrear passageiros sob investigação e, ainda, emitir um alerta para as autoridades federais aeroportuárias.
Elaborado para a Receita Federal do Brasil, o sistema possui interligação com a base de dados do Departamento de Polícia Federal e opera em todos o s aeroportos do país com voos internacionais. Desde o ano passado, já havia a possibilidade de reconhecimento facial.
Agora, com as novas atualizações, é possível fazer um gerenciamento de risco mais preciso. Com melhor acesso aos bancos de dados dos passageiros, a Receita poderá decidir mais facilmente quais contribuintes deverão ter suas bagagens verificadas. Isso se deve, principalmente, à integração com novidades tecnológicas, como, por exemplo, a interface do GoogleMaps, que permite verificar rotas de voos que chegam e saem do Brasil.
Agora é possível enviar informações antecipadas para a Receita Federal e agilizar o processo de verificação. Isso vale não só para controle de entrada de pessoas suspeitas mas também da declaração de bens. Com essas mudanças, também fica mais difícil para o viajante que comprou acima da cota passar isento pela Receita Federal. O passageiro que for pego levando bens no valor além do permitido sem declará-los terá que pagar o imposto de importação e uma multa de 50% sobre o valor excedente.