Patrono dos Ourives é celebrado todo dia 1º de dezembro
Da Redação
Nascido em 588DC, em Chaptelat (ao norte de Limoges), na França, e morto em 1º de dezembro de 660DC, durante uma missão evangelizadora, na Holanda, o Padroeiro dos Ourives foi um devoto consagrado, de caráter insuspeito e mãos de artista. Seu pai, reconhecendo seu talento, levou-o para estudar com o ourives Abbo, mestre da Casa da Moeda de Limoges e, mais tarde, com o tesoureiro real Babo.
Conta a história que, certa vez, o rei dos francos, Clotário II, decidiu construir um trono totalmente de ouro adornado com gemas. Para realizar esse sonho dourado, procurou um artesão prestimoso, hábil para executar uma obra de tamanho requinte e valor. Embora muitos afirmaram que a quantidade de metal precioso disponibilizada pelo monarca para erguer o trono não era suficiente, Elói não apenas aceitou a empreitada, como construiu dois tronos, ao invés de um. Algumas fontes afirmam que não foram dois tronos, mas com o ouro excedente foram feitos um trono e uma medalha, atitude por si só bastante louvável.
Foi a honestidade de Elói – que também era conhecido por levar uma vida austera e ajudar aos pobres, sendo por isso apelidado de “o monge” – que abriu as portas da corte francesa para ele. O rei o convidou para ser o guardião e administrador do tesouro real. Assim, Elói passou a residir na corte, em Paris, onde acabou por assumir também o cargo de mestre dos ourives.
O rei Dagoberto II, o sucessor de Clotário II, manteve Elói na corte como seu colaborador, conselheiro e embaixador. Em 632DC, ele fundou o mosteiro de Solignac em Limoges e, um ano depois – em sua própria casa na Île de la Cité – o primeiro mosteiro feminino em Paris.
A ele são atribuídas algumas importantes obras de arte, como os baixos-relevos da tumba do bispo de Paris Saint Germain, objetos litúrgicos para a abadia de Saint Denis, além de vários relicários e textos sacros.