Por Rafael Lavezzo
As soluções Banking as a Service permitem que qualquer empresa, de qualquer segmento, se transforme em um banco digital sem deixar de lado o seu modelo de negócio principal.
No mercado de e-commerces, essa estratégia se transformou em mais uma forma de fidelizar os clientes.
Isso porque a entrega de produtos financeiros próprios proporciona boas experiências ao público dentro e fora do comércio eletrônico. Além disso, como os serviços são personalizados é possível, por exemplo, criar condições de pagamentos únicas para cada nicho.
Pesquisas apontam que o número de bancos digitais cresceu 147% entre 2017 e 2018, levando também ao aumento do uso de contas digitais — mais de 61% entre os heavy users, pessoas que usam a solução para realizar 80% ou mais das suas transações bancárias.
Entre os usuários desse modelo de conta bancária, a economia gerada com as taxas de manutenção foi um dos principais motivos para a saída dos bancos tradicionais (53,7%).
Adentrar nesse mercado é vantajoso para o e-commerce, e para o varejo de modo geral, pois esse segmento já conta com uma boa base de consumidores.
Somado a isso, conhece bem o perfil e o comportamento do seu público, o que contribui para a criação de produtos e serviços financeiros ainda mais pontuais e exclusivos.
Essa oportunidade tem sido cada vez mais explorada pelos varejistas, tanto que grandes nomes do setor já oferecem aos seus clientes uma ampla gama de serviços financeiro, inclusive, indo além das contas digitais e cartões pré-pagos.
Seria esse o segredo da fidelização gerada pelo uso das soluções Banking as a Service pelos comércios eletrônicos?
O conceito das soluções Banking as a Service
As soluções Banking as a Service podem ser definidas como o melhor caminho para a entrega de produtos e serviços financeiros digitais mesmo por empresas que não fazem parte desse mercado.
O modelo Banking as a Service, ou BaaS, como também pode ser chamado, permite que diferentes setores passem a trabalhar como bancos digitais sem se desviarem do seu core business.
Por meio de APIs — que são conjuntos de instruções de programação que fazem a comunicação entre dois ou mais pontos—, os produtos financeiros a serem entregues os clientes são facilmente inseridos ao portfólio de soluções de qualquer empresa.
Uma das grandes vantagens é que as plataformas Banking as a Service são white label, o que significa que você utilizará a tecnologia do desenvolvedor, mas todos os serviços financeiros oferecidos recebem a sua marca.
Além disso, não é preciso se preocupar com custos com desenvolvimento ou questões regulatórias para poder atuar como uma instituição financeira.
Todas essas resoluções são de competência do desenvolvedor das APIs das soluções Banking as a Service que, geralmente, é uma fintech.
Ao inserir o conceito BaaS ao seu negócio, a sua empresa tem a chance de entregar aos seus clientes, parceiros, fornecedores, funcionários, e demais participantes do seu círculo financeiro, produtos e serviços financeiros digitais exclusivos como:
- conta digital;
- cartão pré-pago, de débito e/ou de crédito;
- transferências bancárias;
- pagamento de boletos e contas diversas;
- TED;
- Pix e muito mais.
A entrada do varejo no mercado de serviços financeiros
Nos últimos anos, os varejistas têm percebido quanto a oferta de serviços financeiros pode contribuir para o seu crescimento e para melhorar a experiência dos seus clientes, ajudando, inclusive, a fidelizá-los.
Também por esses motivos, o uso das soluções Banking as a Service tem crescido consideravelmente.
Grandes nomes do varejo, que contam tanto com lojas físicas quanto com e-commerces, como Pernambucanas, Magazine Luiza e Via Varejo, proprietária das Casas Bahia e do Ponto Frio, estão oferecendo ao seu público um vasto leque de produtos financeiros digitais.
Quando e-commerces e lojas físicas passam a entregar esse tipo de solução financeira, estreitam o relacionamento com os clientes, o que contribui para fidelizá-los.