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Estudo apresenta tendências e oportunidades para o e-commerce na América Latina

Estudo apresenta tendências e oportunidades para o e-commerce na América Latina

Estudo apresenta tendências e oportunidades para o e-commerce na América Latina

Material da Latitud destaca que o Brasil lidera o ranking de e-commerce nesta região com 128 milhões de compradores digitais

Por Giuliano Gonçalves*

Um estudo produzido pela Latitud traz diversos insights sobre as tendências que o e-commerce passará, no curto e no longo prazo, na América Latina. Entre os tópicos, a empresa destaca a característica de população majoritariamente jovem (ou de hábitos jovens), com o uso cada vez maior dos smartphones para as compras online.

Na América Latina, o e-commerce já soma um mercado de cerca de US$ 100 bilhões. Entretanto, o levantamento mostra que esse valor deverá aumentar consideravelmente nos próximos anos. Na pandemia, por exemplo, a taxa de penetração do e-commerce foi acelerada em quase três anos na região. De 4,9% de crescimento em 2019, a evolução quase dobrou, para 9%, em 2020, e chegou a 10,8% em 2021. As projeções são de avanço para 11,7% em 2022 e 13,6% em 2025.

Espaço de sobra para o e-commerce crescer na América Latina

Por conta das barreiras sanitárias impostas pela pandemia, mais de 10 milhões de pessoas realizaram sua primeira compra no e-commerce. Ainda assim, o estudo mostra que ainda existe muito espaço para crescimento do e-commerce na região. A taxa de penetração de 10,8% em 2021, por exemplo, é quase a metade dos 20,8% dos Estados Unidos e 27,7% da China — o que demonstra ainda existir importante espaço para crescimento na região.
Vale reforçar que, na América Latina, o Brasil lidera o ranking com 128 milhões de compradores digitais no país. Na sequência, destaque para o México, com 60 milhões, e Argentina, com 25 milhões.

Tendências, oportunidades e desafios para o e-commerce

Outro ponto importante do estudo está em relação às principais tendências para o presente e o curto prazo no e-commerce da América Latina. Entre os principais, a empresa destacou:

  • mobile-first;
  • digitalização de pagamentos;
  • aceleração do comércio eletrônico transfronteiriço;
  • crescimento de produtos digitais;
  • surgimento do comércio social e da lealdade como moeda.

Outro dado interessante do estudo: existe um uso cada vez mais acentuado de smartphones para todo tipo de tarefa, inclusive as compras cotidianas. Não por acaso, os aplicativos de compras estavam entre os aplicativos móveis mais baixados em 2021, com 59% dos downloads, contra 39% em 2018.

E-commerce na América Latina deve chegar a US$ 200 bi em 2025

Outra tendência para o comércio eletrônico nos próximos anos está no crescimento da aquisição de produtos e serviços digitais. Por consequência da pandemia houve um aumento significativo da compra de produtos digitais como streaming, e-books, videogames, e-learning e outros. Só a indústria de jogos cresceu mais de 30% em 2020.

Além disso, o estudo afirma que produtores de bens digitais estão criando novos fluxos de receita, como por exemplo incorporando compras em jogos para receita recorrente.

O mercado de e-commerce na América Latina deve chegar a US$ 200 bilhões em 2025. Além disso, a pandemia levou ao investimento em novos modelos de negócio no e-commerce, como social commerce e agregadores que fornecem curadoria em seus marketplaces. Ambos os modelos se beneficiam de efeitos de rede, ou network effects. Existe ainda um interesse maior em provedores logísticos que levem o meio ambiente em consideração.

Desafios para o e-commerce na América Latina

Apesar das diversas tendências, o estudo ressalta que a América Latina é um mercado desafiador que exige planejamento inteligente e parceiros experientes. Entre os desafios a enfrentar, em termos de crescimento exponencial do e-commerce, estão:

  • o ambiente regulatório diversificado e fluido;
  • as implicações tributárias complexas;
  • a combinação de preferências de pagamento do consumidor.

Uma outra ressalva do estudo é em relação à logística. Para os empreendedores do e-commerce, o documento adverte que “os operadores tradicionais de logística e entrega são caros e pouco confiáveis”. Isso porque os dados mostram que ainda há problemas com atrasos nas entregas, baixo índice de confiabilidade, atrasos alfandegários transfronteiriços e, por fim, corrupção. O estudo completo pode ser baixado neste link.

*Giuliano Gonçalves para portal E-Commerce Brasil

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