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Geração X: consumidores poderosos, mas esquecidos pelos varejistas

Geração X: consumidores poderosos, mas esquecidos pelos varejistas

Geração X: consumidores poderosos, mas esquecidos pelos varejistas

Estudo da WGSN aponta que a geração X tem dinheiro para gastar e grande influência em casa, mas é negligenciada pelas marcas

Por Erica Mendes

Publicado em maio pela WGSN, o estudo ‘Gen-X: The Forgotten Spend’ é enfático em afirmar que a geração X é “um grupo poderoso, com dinheiro e com grande influência em casa, mas é, frequentemente, negligenciado pelos varejistas”.

A gigante do mundo das tendências ressalta ainda que são consumidores estabelecidos, a maioria trabalhando no topo de suas profissões, com poder econômico considerável. No entanto, apesar de ser uma fatia com potencial para gerar muita lucratividade para as empresas, o mercado brasileiro tem seus olhos voltados, praticamente, para os millennials, mas com negócios operando para boomers, razão pela qual apresenta baixa inovação no geral.

É claro que cada empresa tem um perfil de público e suas decisões devem ser aderentes às características do qual fazem parte. Porém, para ajudar as marcas a identificarem se a geração X pode ser incorporada na sua base de clientes, revertendo esse cenário de esquecimento e engordando o seu caixa, a WGSN listou as características das duas principais tribos desta geração:

Os compressionalistas

São aqueles consumidores perfeccionistas, que se sentem pressionados como se tudo acontecesse muito depressa. Eles têm tempo escasso, são práticos, multifacetados e totalmente intolerantes com aquilo que pode representar uma barreira ou um atrito no consumo, irritando-se facilmente com sistemas que não funcionam. Por isso, se preocupam em tornar sua vida mais simples, preferindo facilidades de compras ao invés de descontos.

Dicas para engajamento:

1.    Se apropriar da inteligência artificial para antecipar as necessidades dos compradores, visando apresentar soluções assertivas e responder com mais rapidez às demandas.

2.    Optar por uma plataforma de e-commerce simples e investir na experiência do usuário. Um site visualmente poluído prejudica a conversão de vendas. Lembre-se: consumidor confuso abandona a compra.

3.    Ter a mentalidade do consumidor, focando nas suas preferências. Com isso, é mais fácil atender a demanda e manter uma certa exclusividade.

 

Os ‘panks & punks’ (Professional Aunts No Kids, Professional Uncles No Kids)

São os avós e os tios bem-sucedidos profissionalmente sem filhos. Eles desempenham um papel importante como ‘cuidadores secundários’ e detém um relevante poder de compra e influência nas decisões de consumo sobre duas famílias: as suas próprias e a de seus irmãos.

Dicas para engajamento:

1.    Apostar no fator demográfico XZ (Gen-X e Gen-Z) para as ações serem mais assertivas, visto que a geração X tem diversos pontos de contato com a Geração Z, como estilo de vida, valorização dos ícones de moda, entre outros.

2.    Adotar postura mais jovial. A geração mais preguiçosa está abraçando e encarando a meia-idade como uma ‘juventude mediana’, por isso, sai em busca de produtos que possam representar esse apelo mais despretensioso.

3.    Incorporar a tecnologia e games em seus pontos de contato com a marca. Enquanto Gen-Z e os millennilas são definidos por digital e conectividade, a Gen-X é high tech. Não se esqueça que ela é pioneira na cultura dos games e a ter computadores em casa, por isso, são feras em codificação e programação. Do mundo dos jogos online deriva o termo “phygital” que se refere ao fato de os ambientes virtual e físico estarem cada vez mais próximos, contribuindo para melhorar as experiências dos consumidores tanto online quanto offline.

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