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Joalherias miram público jovem para crescer

Joalherias miram público jovem para crescer

Joalherias miram público jovem para crescer

Recessão econômica e a recente entrada de um novo perfil de consumidor fez com que os players do setor renegociem linhas de produtos mais ‘leves’; movimento pode ser chave para fidelização

Por João Vicente Ribeiro 

Após enfrentar dificuldades nos anos de recessão econômica, o setor de joalherias começa a perceber uma diminuição na faixa-etária de seus consumidores. Com essa tendência, as lojas do segmento estão lançando produtos com design mais jovial e de menor preço.

“O mercado de joalherias tem sentido muito esse movimento de democratização das joias. Esse panorama mudou com as redes sociais e o engajamento de um público mais jovem nessas plataformas, resultando no surgimento de novas linhas de produtos e novas marcas no setor”, afirmou a consultora independente de joalherias, Patrícia Grunheidt.

Segundo um estudo realizado pela consultoria McKinsey Brasil, a expectativa de crescimento do mercado de joalherias no Brasil para esse Natal é de 6% ante o mesmo período do ano anterior. Ainda de acordo com o balanço, até 2020, esse setor deve movimentar US$ 8 bilhões na América Latina, com os maiores mercados concentrados em países como Brasil e México.

Para Patrícia, a divulgação de produtos como joias na internet foi importante no sentido de “desconstruir” a figura da joalheria como algo distante da realidade de muitos consumidores.

“Acredito que os modelos de produtos mais simples têm muito potencial de venda pelas redes sociais e páginas dessas novas marcas”, afirmou Patrícia. No entanto, ela defende que os consumidores em busca de itens de maior valor agregado ainda sentem a necessidade de experimentar a joia no momento da compra.

Em linha com a perspectiva de Patrícia, a sócia-diretora da joalheria Del Lima, Ali Pastorini, afirmou que o negócio vem num processo de reaquecimento das vendas, com expectativa de crescimento de 9% no volume comercializado neste Natal em relação ao mesmo período do ano passado.

“Buscamos nos últimos anos diminuir a quantidade de pedras preciosas. Lançamos linhas mais comerciais para atender essa nova geração e para os clientes usarem no dia a dia”, afirmou a executiva.

De acordo com Ali, tal guinada no posicionamento da empresa envolveu também uma renegociação com os fornecedores do negócio. “ Na crise econômica, muitas fabricas fecharam. Para suprir essa tendência relacionada ao novo perfil de consumidor, negociamos algumas adaptações com nossos fornecedores. A maioria das joalherias vêm fazendo isso”, argumentou ela.

Ainda segundo a executiva, nos últimos anos a fatia de participação do público jovem, entre 20 anos e 30 anos, vem crescendo em torno de 15% dentro do negócio, embora consumidores acima dessa faixa-etária ainda seja maioria.

“Percebemos que esse perfil de cliente mais jovem tem maior frequência de compra do que os demais. Não é uma compra esporádica ou anual”, complementou Ali.

Nesse sentido, outro exemplo de joalheria que percebe maior presença de jovens dentro dos negócios é a rede S. Stein. “Com isso, trouxemos novas linhas de produtos utilizando mais prata. Entendemos esse movimento como uma aspiração por parte dos nossos clientes para posteriormente consumidor produtos de maior valor agregado”, declarou a diretora de marketing da loja, Sthepanie Stein.

De acordo com a executiva, esse processo de compra de itens mais básicos pode ajudar também a estratégia de fidelização, tendo em vista que, com o passar dos anos, há maior consumo de outras categorias de joias. Para este mês, ela prevê incremento de 20% no volume de vendas ante igual período do ano passado.

Fonte: DC1
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