O avança da inteligência artificial tornará a atividade muito mais precisa e segura
Débora Rodrigues
“Dentro de até dez anos, a classificação de um diamante não será feita por gemólogos”, afirmou Haim Volner, proprietário da Shirtal Diamonds, cuja subsidiária Shirtal DiaCam está desenvolvendo uma solução automatizada para classificação de gemas. Segundo ele, com o avanço da inteligência artificial e do aprendizado sobre as pedras, todo esse trabalho será feito por computadores.
A DiaCam se juntou à Matrix, uma empresa de serviços de software com sede em Israel, para analisar as imagens de diamantes tiradas pelo sistema DiaCam360, uma tecnologia que permite uma visão de 360 graus do diamante. Ao armazenar o seu banco de dados com milhares de imagens de gemas ela possibilita que a plataforma aprenda a classificar as pedras, como explicou Volner em uma entrevista.
Quando comparado com os resultados de classificação pelo Instituto Gemológico da América (GIA), DiaCam360 mostrou 90% de precisão na avaliação da cor da pedra. A DiaCam está confiante de que pode aumentar esse valor para mais de 95%, fazendo pequenos ajustes a partir desse teste inicial, conforme disse Lior Hirsh, diretor de operações da DiaCam, a quem é creditado o desenvolvimento do conceito.
A empresa está conduzindo uma análise similar para determinar a clareza por meio de técnicas de aprendizado profundo. Está à procura de investidores estratégicos para ajudar a comercializar o serviço e levar o projeto para a próxima etapa.
Outra empresa que está usando máquinas para o trabalho de classificação de diamantes é a Sarine Technologies, que desenvolveu máquinas que podem determinar a cor e a clareza de uma gema com base em seu conceito de “repetibilidade e precisão” a partir da análise de dezenas de milhares de pedras.