As novas pesquisas publicadas pelo Conselho Internacional de Mineração e Metais apontam que muitos países classificados como os mais pobres do mundo têm na mineração a sua principal renda. Quinze dos 25 países mais dependentes de mineração estão na África e cinco, na América Latina.
Os países latino-americanos são Suriname, Guiana, Bolívia, Peru e República Dominicana. O Brasil aparece em 65º lugar nesse ranking que traz dados de 2016.
Esta foi a quarta edição do Índice de Contribuição da Mineração divulgado pelo órgão, que classifica no relatório 182 países conforme a importância da atividade para suas economias. Entre 2014 e 2016, muitos dos países aumentaram essa dependência da contribuição econômica da mineração.
“A pesquisa mostra a importância de se entender o cenário geral que rege os recursos minerais para que os governos garantam que a riqueza mineral se traduza em um progresso econômico e social mais amplo. Também mostra a necessidade de diversificar e investir em outras áreas para isolar suas economias da vulnerabilidade ao ciclo das commodities“, disse o COO da ICMM, Aidan Davy.
O Índice de Contribuição da Mineração combina dados sobre a ajuda da atividade para o produto interno bruto (PIB) dos países, receitas de exportação e taxas sobre minerais que são pagas aos governos. Isso indica a importância da mineração na vida econômica de um país e o potencial para isso se traduzir em progresso econômico e social.
Quinze dos 25 principais países classificados estão no continente africano. O PIB e a paridade do poder de compra per capita para a África ficou estável entre 2014 e 2016; no entanto, em termos absolutos, caiu de US$ 1,78 trilhão para US$ 1,51 trilhão em 2016. Isso contribuiu para um aumento significativo no valor da produção de vários países e ou taxas sobre minerais como porcentagem do PIB, o que afeta os países africanos que dominam os 25 principais colocados.
O ICMM afirma que os 25 primeiros lugares da lista deste ano são dominados por economias de baixa e média renda desde a saída da Austrália e do Chile, mostrando a importância da mineração na vida econômica desses países, uma tendência que perdura nas quatro edições do MCI. As informações são da ICMM.