Gestores devem ser mais estratégicos e menos operacionais
Da Redação
O Summit MPE, promovido pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil em sua sede, em São Paulo, reuniu micros e pequenos empresários para uma manhã de aprendizado sobre inovação, estratégias, gestão e, principalmente, como se adequar à transformação digital pela qual o mundo passa. O encontro debateu temas importantes que as pequenas, médias e grandes empresas devem estar atentas nos próximos anos.
O primeiro recado do dia foi “o empreendedor deve estar mais centrado na gestão, planejamento, do que nas atividades operacionais”, de acordo com Guilherme França, executivo da área de Desenvolvimento de Negócios da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil. E, para auxiliar o empreendedor, França sugere que os empresários fiquem muito atentos aos recursos cada vez mais eficazes proporcionados pela tecnologia. “Para se tornarem mais produtivas, as empresas têm de se adequar a inovações como URA inteligente, Customer Relationship Management (CRM), business intelligence, big data e inteligência artificial; por isso, os gestores devem se aprimorar no planejamento.”
Como suporte tecnológico para empresas de todos os portes, França expôs alguns resultados do Índice de Automação, levantado pela GS1 Brasil, que revela o nível de automação das empresas no país. O código de barras, primeira iniciativa para identificação de produtos e entrada na cadeia de abastecimento, está presente em 78% dos produtos que circulam no Brasil.
No caso de pequenas indústrias, 76% delas adota o que é conhecido na logística como ID Única. Esses dois dados juntos apontam para o “estoque inteligente”, que é um resultado do uso racional e de baixo custo para se programar a produção sob demanda do mercado. Porém, o estudo mostra que apenas 26% das indústrias monitoram o comportamento de compra de seus consumidores e 14% das pequenas indústrias realizam a identificação do perfil dos seus consumidores – de onde se conclui que há muito trabalho a ser feito.
Ruy Barros, do Sebrae, endossa essa orientação ao dizer que o princípio básico de uma boa administração competitiva é “conhecer o cenário em que atua, buscar aperfeiçoamento constante, se manter atualizado, tomar decisões com rapidez e planejar”. Para atingir esse objetivo e mantê-lo, Barros afirma que o empresário deve “criar condições e ambiente favoráveis, planejar estrategicamente, focar nas soluções, avaliar riscos e acertos, e mensurar resultados”.
Apresentações mais futuristas, mostrando um cenário muito mais engajado em tecnologia, foram as de Eduardo Endo, diretor dos MBAs da FIAP, e de Felipe Macedo, da CoreBiz. Endo demonstrou como os dispositivos móveis elevaram a velocidade da informação e como isso alterou o cotidiano dos negócios e até mesmo como recursos da Inteligência Artificial estão se sobrepondo à criatividade humana na produção de filmes publicitários. “Quem não usar a tecnologia a seu favor, está fora”, conclui Endo.
Já Felipe Macedo mostrou como se tornou fácil e barato para os pequenos empreendedores terem acesso ao Marketing Digital, omnichannel, omnicontext e e-commerce. “O futuro está nos serviços por assinatura, nos quais o consumidor escolhe o que vai comprar, como e quando. Para isso, todos, sem exceção, precisarão estar conectados com mobilidade”, explica. “Quem não usa o Marketing Digital, não sabe o que vender e nem para quem.”