As fábricas inteligentes são responsivas, flexíveis e conectadas
Por Marlos Cravo
Você já ouviu falar nas fábricas inteligentes? Diversas inovações, movidas pela transformação digital, estão sendo aplicadas na indústria, gerando diversas possibilidades e melhorando os resultados das organizações.
A indústria 4.0 é uma realidade cada vez mais próxima e o uso de tecnologias dentro das plantas de produção é algo comum, sendo que as grandes corporações estão investindo pesado nessas soluções.
Ser uma fábrica inteligente é um pouco mais do que apenas aplicar soluções tecnológicas em seus desafios diários. Essas plantas de produção utilizam da tecnologia para mudar totalmente os seus processos em busca de melhores resultados.
Isso é possível por conta da combinação de sistemas de computação complexos e recursos de automação industrial. Além disso, existem três características básicas nesse modelo. As fábricas inteligentes são:
responsivas ─ a resposta é imediata a todos os estímulos internos e externos;
flexíveis ─ qualquer processo pode ser alterado facilmente de acordo com a demanda;
conectadas ─ tudo deve estar interligado e trocar informações entre si de forma simples e livre.
A interação entre todos os componentes que formam a fábrica permite que eles se comuniquem e tomem decisões de acordo com as variáveis de ambiente, evitando atrasos. O papel do colaborador deixa de ser o de produzir, passando para o de controlar.
Quais as principais inovações nesses locais?
São vários os pontos que contribuem para que uma fábrica se torne inteligente, sendo que as tecnologias aplicadas dependem muito dos produtos fabricados por ela. Entre as principais inovações, podemos citar:
robôs autônomos ─ o maquinário é algo fundamental para a identificação de uma fábrica inteligente, pois ela não utiliza a força motora dos colaboradores para produzir, mas, sim, a de mão de obra robótica;
manufatura aditiva ─ o uso de impressoras 3D ainda é raro, mas vem se disseminando rapidamente e fará parte do futuro das fábricas inteligentes;
internet das coisas ─ o conceito de conectividade e comunicação que permite que todos os equipamentos presentes nas plantas de produção troquem informações;
cibersegurança ─ com o uso de tecnologia e sistemas, é preciso também que as fábricas do futuro invistam em segurança da informação, para não se tornarem alvos de cibercriminosos;
simulação ─ por meio de sistemas complexos de simulação, é possível prototipar produtos em ambiente virtual, maximizando o processo produtivo;
big data analytics ─ a análise de dados será algo comum, auxiliando na melhoria de produtos e na minimização de erros;
computação na nuvem ─ o uso da nuvem é aplicado para diminuir a demanda por infraestrutura interna e rodar os diversos sistemas necessários nas fábricas inteligentes.
Como elas contribuem para a indústria 4.0?
O termo indústria 4.0 já existe há algum tempo e está ligado a uma nova forma de produção, na qual a tecnologia tem um papel central e existe uma associação diferente entre homens e máquinas.
As fábricas inteligentes são o primeiro passo para a total digitalização dos processos fabris e a busca pela indústria 4.0.
É claro que, para muitas empresas, essa ainda é uma realidade distante, visto que a demanda por investimentos acaba sendo muito alta, mas é possível trazer o conceito de fábrica inteligente para alguns processos e iniciar essa evolução.
Marlos Cravo é Head of Product Mega