Tecnologia chega ao departamento jurídico e facilita a vida das empresas
Da Redação
Os setores jurídicos das médias e grandes empresas no Brasil vêm caminhando para um nível de automação sem precedentes, sobretudo em razão da quantidade de processos que precisam lidar. Hoje, o Brasil é um dos maiores litigantes do mundo, com aproximadamente 100 milhões de processos ativos, sendo que algumas corporações recebem até 20 mil novas ações por mês.
“Nas empresas, é comum a área jurídica receber diversas e distintas demandas judiciais ao mesmo tempo. Isso exige um trabalho pesado para gerenciar diferentes equipes de advogados, criar um fluxo eficiente no gerenciamento de informações, além de administrar um grande volume de processos. Nós desenvolvemos soluções, justamente, para resolver tudo isso de maneira simples e eficaz”, afirma o CEO da empresa, Guilherme Bordon.
O software criado pela lawtech oferece mais dez módulos, a exemplo de gestão para contencioso, contratos, imobiliário, societário, marcas e patentes, e-billing, que abrangem serviços de gestão inteligente – como a organização e controle de atividades, de automação e produtividade – como a sistematização e armazenamento de dados, além de análise de big data e ferramentas de análises gerenciais. É um sistema completamente intuitivo, totalmente web e customizável, conforme as necessidades do cliente, comworkflow inteligente, dinâmico, seguindo o conceito de BPM e, principalmente, de inteligência artificial (IA).
“Um dos nossos desafios é transmitir aos nossos clientes que, embora possamos utilizar a Inteligência Artificial para criar modelos preditivos para auxiliar nas tendências de julgamentos e resultados dos processos, a abrangência é ainda maior, que pode ser utilizada para o ganho de eficiência nas operações jurídicas”, diz Filipe Cardoso, CTO da Elaw.
Neste cenário, destaca o executivo, a Elaw traz para os clientes a eficiência em colocar todas essas atividades repetitivas em um ecossistema que possa se beneficiar de tecnologias de ponta como a IA e ferramentas de automação, tornando a operação jurídica mais ágil, confiável, eficaz e com dados acurados, permitindo, assim, a atuação mais estratégica dos advogados.
Um case realizado pela equipe do ElawLab, criado em parceria com os clientes, foi o desenvolvimento de um motor cognitivo que traz mais celeridade na atualização dos processos, trazendo insights de que o processo possa estar apto a ser encerrado por meio da leitura dos andamentos dos processos, identificando se já houve um acordo celebrado e cumprido, se aconteceu algum evento de desistência ou até mesmo se todos os trâmites jurídicos necessários ocorreram. Assim, o sistema aciona as ferramentas necessárias para realizar as validações finais, tendo atingido o patamar de 98% de confiança e acurácia.
Hoje as soluções da Elaw possibilitam gerar mais insights para potencializar e automatizar as operações jurídicas, a exemplo de identificar as decisões e andamentos, detalhar seus resultados, identificando novas audiências e remarcações, e controlar os depósitos judiciais e alvarás para o levantamento das garantias. “Fora este serviço focado nas movimentações, temos outros motores cognitivos com IA atuando em várias outras frentes do contencioso”, acrescenta Filipe.
“Trabalhamos com inovação permanente. Estamos sempre preocupados em desenvolver novos produtos e buscar soluções melhores para cada caso ou necessidade dos clientes, ressalta Guilherme Bordon.
Mais do que aumentar a eficiência dos departamentos jurídicos, o que Guilherme e sua equipe pretendem é criar uma nova relação das pessoas com o trabalho. De acordo com o CEO, o ambiente de trabalho jurídico que era, tradicionalmente, burocrático, está passando por grande transformação.
Este tem sido um grande papel das lawtechs: analisar os dados do judiciário, acrescentando a eles parcelas de inteligência. Com isso, os litigantes, ou até mesmo o juiz, podem tomar decisões mais bem informados. A tecnologia no mundo jurídico pode, ainda, contribuir para mitigar a falta de integração entre as informações produzidas pelos diferentes tribunais e instâncias. “É comum que os sistemas de um tribunal não conversem com o de outros. A tecnologia está criando interfaces mais eficientes para permitir a integração entre sistemas que são hoje desconectados”, completa o CEO.
Para mudar isso, a Elaw cria soluções para eliminar as tarefas repetitivas e operacionais e, dessa forma, fazer com que o trabalho dos profissionais gere mais valor. “O advogado não precisa saber programar, mas precisa pensar melhor em dados, de forma crítica e estruturada, ser mais criativo e estratégico para o cliente. Todo processo de inovação, sobretudo no universo jurídico, precisa colocar as pessoas no centro das estratégias”, finaliza Guilherme.