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As regras do trabalho para 2022 na visão dos profissionais

As regras do trabalho para 2022 na visão dos profissionais

As regras do trabalho para 2022 na visão dos profissionais

Jorge Grimberg destaca que as empresas devem ficam atentas à mudança de mentalidade de viver para trabalhar para trabalhar para viver

Por Erica Mendes

A pandemia da Covid-19 transformou tudo e todos. As mudanças não ficaram restritas ao âmbito do consumo. Elas transformaram a maneira de ver e viver a vida e também as relações, em especial com o trabalho. E com isso, um novo ponto de atenção surge para os empresários: quais são as regras do trabalho para 2022 na visão dos profissionais? Segundo o especialista em tendências e moda Jorge Grimberg, “o fator mais importante é o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal”.

“Estamos mudando da mentalidade de viver para trabalhar para trabalhar para viver, depois que a pandemia nos fez valorizar o nosso estilo de vida e possibilidades de uma vida após tantos bloqueios”.

Ele destacou que “os profissionais em 2022 irão recalibrar o equilibro entre vida pessoal e profissional, exigindo flexibilidade como um novo padrão e buscando empregos e oportunidades orientados para o valor e a qualidade de vida, ao mesmo tempo que se unem para lutar por igualdade para todos”.

Jornada de trabalho de 4 dias

Atentos a esse movimento, alguns países já estão fazendo reformas trabalhistas. “Na Espanha, a mudança de lei foi aprovada para 2022 introduzindo oficialmente a jornada de trabalho de 04 dias por semana. O objetivo da nova lei é testar se as empresas conseguem atingir os seus resultados, permitindo uma flexibilidade maior de seus funcionários”, pontuou Grimberg.

Para Alberto Ojinaga, CEO da Desigual, “a nova semana de trabalho reduzida vai exigir adaptação e esforço de todos, mas se a pandemia tem nos mostrado algo é que podemos organizar o trabalho e as equipes de uma forma diferente e continuar a ser eficientes, priorizando o que é verdadeiramente importante”.

 Saúde mental é prioridade das empresas

O Starbucks, por exemplo, levantou, de fato, a bandeira da saúde mental. “Nos Estados Unidos, a rede de cafeteria passou a incluir 20 sessões de terapia por ano para funcionários e respectivos familiares como um novo recurso de saúde mental incluído em seus benefícios”.

Iniciativas como essa estão modificando as regras do trabalho no ritmo que as nossas necessidades mudam com o mundo e seus novos desafios.

Crédito: Divulgação Starbucks

O que os trabalhadores querem?

De acordo com o Grimberg, uma pesquisa da McKinsey aponta que 19 milhões de trabalhadores deixaram seus empregos entre abril e setembro de 2021 nos EUA.

“É uma tendência que se replica globalmente, com um quarto dos funcionários em todo o mundo planejando mudar de emprego este ano, segundo a IBGM. O momento exige que as empresas reavaliem ousadamente sua cultura e seu propósito”.

Imagem de @jorgegrimberg.

Pressão e qualidade de vida

“A Covid-19 impôs uma pressão sem precedentes sobre os funcionários, forçando-os a resistir à adaptação ao trabalho remoto, aumentar as responsabilidades com os filhos, o isolamento, as precauções financeiras e a ameaça de doenças. Muitos empregadores não estão respondendo com eficácia a esta nova realidade, deixando os trabalhadores subvalorizados e encorajando-os a abandonar o barco”, disse o especialista.

75% dos profissionais no Reino Unido gostaram de trabalhar próximos às suas famílias.
Foto por ArthurHidden – freepik.com

Por fim, Grimberg ressaltou como a empatia é um caminho sem volta no ambiente profissional. “Empatia com funcionários não é apenas algo útil, mas também o acelerador da transformação dos negócios na próxima era. A capacidade da empatia de criar uma cultura de confiança e inovação é incomparável, e esse traço anteriormente esquecido por empresários deve estar na vanguarda dos negócios em todos os setores”.

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