Entenda as principais transformações que estão acontecendo agora no varejo
Por Tainá Freitas
Ralph Lauren, Gucci e Zara lançaram coleções de roupas para avatares no metaverso. Essa frase pode causar um estranhamento para você agora, mas a expectativa é de que casos como esse fiquem ainda mais comuns. E mais: em breve você poderá comprar um produto diretamente no metaverso e receber online!
Além dessas novidades, veja as tendências que despontaram no Varejo Day, evento realizado pela StartSe na última segunda-feira (27). Confira o que está em alta no setor:
1. Consumidor 5.0
O consumidor 5.0 é totalmente voltado para a experiência. É necessário pensar na jornada do cliente do começo ao fim. “Um atendimento personalizado e a criação de um laço emocional com ele aproximarão a relação, levando-o à fidelização”, afirmou Rodrigo Schiavini, fundador da SmartHint, sistema de busca e personalização adquirido pelo Magazine Luiza.
A criação do laço emocional pode ser exemplificada com o TikTok. De acordo com pesquisa da Nielsen, as pessoas usam o aplicativo porque ele “eleva os ânimos”, mais do que os concorrentes.
2. Metaverso
Sim, o metaverso está impactando no varejo e a expectativa é de que isso apenas aumente com o tempo. Marcas como Gucci, Zara e Ralph Lauren já estão apostando no que tem sido chamado de D2A – o “direto para o avatar”. Elas vestiram avatares do metaverso sul-coreano Zepeto.
Agora, quando falamos sobre experiência, é interessante pensar em como uma marca irá se posicionar no metaverso – seja vestindo avatares, abrindo uma loja ou oferecendo um serviço ali, no ambiente virtual.
3. Blockchain
Embora seja conhecida como a plataforma de transações do Bitcoin, a blockchain é a plataforma das criptomoedas em geral. A perspectiva é de que as compras realizadas dentro do metaverso sejam feitas com moedas criptografadas – seja o Bitcoin, Ethereum, entre outros, e até mesmo com moedas fictícias, criadas dentro do próprio universo online (e que são compradas com dinheiro tradicional).
4. Economia circular
Ao falar sobre aluguel de coisas, o natural é pensar em casas, carros e outros bens de alto valor. No entanto, a economia circular está mudando este cenário – está cada vez mais fácil alugar roupas, sapatos e até closet inteiros.
Neste Varejo Day, Beta Balbi, líder de comunicação da Enjoei, e Ana Teresa Saad, cofundadora da Clorent, contaram alguns benefícios da economia circular:
– Menor impacto no meio ambiente;
– Menor custo aos consumidores;
– Rotatividade de acordo com as tendências e clima (no caso das roupas, por exemplo).
5. ESG
Você já pensou na origem da sigla ESG? Ela surgiu em um relatório de 2005 da ONU. “Foi uma tentativa de ligar o mercado financeiro com iniciativas sustentáveis. Mas foi somente em março de 2020, no início da pandemia, que passou a ter uma busca exponencial”, contou Genesson Honorato, gerente de Employer Branding e Diversidade e Inclusão na OLX.
Os consumidores querem produtos e serviços de empresas que estejam preocupadas com o meio ambiente, tenham responsabilidade social e adotem boas práticas de governança.