Relatório da VidMob identificou quais elementos visuais e sonoros são mais consumidos na plataforma
O fenômeno cultural inaugurado pela série “Succession”, da HBO Max, atraiu a atenção dos espectadores mais atentos e dos heavy users das redes sociais. Popularizada como quiet luxury e de volta às passarelas, a tendência entre os ultrarricos da ficção é investir em peças de marcas de luxo que fogem dos holofotes da ostentação e só podem ser reconhecidas por outros ultrarricos. Para os outros 98% da população, não passam de uma camiseta branca combinada a uma calça jeans desbotada.
É também na série que o público tem contato com o universo empresarial e familiar das empresas de comunicação. Coincidência ou não, o mercado de luxo tem apostado cada vez mais em lançar campanhas na rede social do empresariado: o LinkedIn. A plataforma deixou para trás seu papel de currículo virtual, encontrou seu lugar como ferramenta fundamental para networking e hoje ocupa o status de vitrine global para profissionais bem-sucedidos. Com mais de 830 milhões de membros e 58 milhões de empresas registradas, o LinkedIn passou a fazer parte do trajeto de compra de clientes qualificados e muito disputados: os consumidores do mercado de luxo.
Uma pesquisa feita pela VidMob identificou que a tendência do quiet luxury não é tão forte assim na plataforma: em um anúncio de vídeo, a presença do C duplo espelhado (da Chanel), do DG (Dolce & Gabbana) ou LV (Louis Vuitton) sobrepostos e do cavalo empinado à frente do escudo amarelo (Ferrari), nos primeiros três segundos aumenta em 460% a performance da campanha.
A musicalidade da peça criativa e a construção da narrativa visual da campanha também se mostraram mais eficientes em termos de impressões, quando comparadas às narrativas compostas por diálogos ou legendas. Para o consagrado mercado de luxo, a máxima de que imagens dizem mais do que mil palavras continua em voga.
“O mercado de luxo tem suas próprias particularidades e sutilezas, assim como os consumidores. A escolha dos elementos da campanha, como a colocação de produtos, a paleta de cores, a musicalidade e o ritmo, impacta diretamente as métricas de desempenho de vendas e de awareness. As marcas desse setor precisam contar com o que há de mais moderno em análise de desempenho criativo para se destacarem. Felizmente, a Inteligência Artificial da VidMob cumpre tal papel com eficiência e entrega resultados expressivos que empoderam os times de Marketing das empresas”, explica Miguel Caeiro, Head Latam da VidMob.
Sucesso entre os herdeiros
As análises foram publicadas no “Luxury Creative Video Insights” e fazem parte do estudo, conduzido ao longo de 2022, responsável por identificar os principais elementos visuais que impactam as decisões de compra de produtos de luxo. Entre as principais análises, o relatório trouxe os ícones e logomarcas, tão característicos dos produtos de luxo, para o centro da discussão, literalmente. O estudo da VidMob mostra que até as marcas adeptas da tendência quiet luxury ainda dependem da ostentação e da visibilidade para conquistar e fidelizar seu público.
O estudo também apontou que focar apenas em detalhes do produto durante a cena de abertura do vídeo – como a tampa de um perfume Dior ou os botões de um casaco Burberry – aumenta a performance em 242%, se comparada à campanha que apresenta logo de cara o produto por completo.
O ritmo da peça publicitária também impacta de forma sutil na entrega de resultados: uma ou duas mudanças de cenas nos primeiros três segundos de vídeo aumenta em 8% o número de vezes que a campanha é vista por completo no LinkedIn. O tempo de visualização aumenta porque a duração da cena impacta na qualidade da narrativa e, consequentemente, no engajamento do usuário.
Para as marcas que levam o nome, a credibilidade e o talento de estilistas famosos, o ideal é que eles apareçam também depois dos três segundos iniciais do vídeo. Quando os estilistas aparecem em momentos de trabalho ou criação – ocupando passarelas e estúdios -, o reconhecimento da marca sobe 9% entre os usuários e as visualizações completas dos vídeos aumentam em 3,2%.
Fonte: Mundo do Marketing