Em um ano marcado por instabilidade e adaptações, o setor joalheiro promete retomada gradual
Por Clara Lemos
Fabricantes e varejistas de joias por todo o mundo precisaram enfrentar problemas e se adaptar durante a baixa econômica que a pandemia trouxe. Embora a recuperação total ainda não esteja próxima, a indústria está se adaptando ao “novo normal” de maneira ágil e resiliente, criando estratégias e medidas inovadoras para manter o ímpeto. Por meses a indústria de gemas e joias esteve paralisada com feiras comerciais físicas fechadas, a saída foi se adaptar ao digital de forma a substituir o comércio presencial, reformulando estratégias e operações comerciais.
A diversificação do mercado, a reestruturação dos negócios e as iniciativas digitais são as principais medidas a se tomar a fim de manter o crescimento dos negócios em um mundo afligido pelo coronavírus, atestaram os palestrantes no seminário JNA Conversations: Return & Recovery – The Asian Perspective. Outros ensinamentos da pandemia, conforme observado no seminário, foi de que a indústria não pode ser muito dependente de um mercado único, e de que os empreendimentos precisam repensar suas estratégias operacionais e de crescimento. A indústria joalheira de Hong Kong, por exemplo, que é principalmente voltada à exportação, percebeu a necessidade de diversificar sua base de manufatura e manter algumas capacidades de produção na cidade.
A adaptação digital despontou como uma das principais estratégias de sobrevivência do mercado joalheiro durante a pandemia. Mas algumas empresas do setor joalheiro podem não ter a capacidade de configurar sozinhas suas próprias plataformas, assim podem contar com a ajuda de especialistas digitais para otimizar o comércio online. Outra medida de adaptação que se mostrou relevante ao setor foi as parcerias entre marcas, com colaborações mais próximas entre empresas com a finalidade de entreter os clientes e expandir sua rede de alcance por meio do compartilhamento de banco de dados ou lançamento de linhas conjuntas.