Moçambique adere ao processo de certificação internacional de diamantes
A joalheria mundial deu mais um passo importante no sentido de assegurar a ética e legalidade da indústria de gemas. Agora foi a vez de Moçambique aderir a um processo de certificação internacional que permite determinar a origem de diamantes. A medida visa evitar a transação de pedras preciosas procedentes de áreas de conflitos.
O país aderiu ao processo de Kimberley que serve para certificar que os diamantes vendidos na região não são “diamantes de sangue”, provenientes de regiões de conflito, extraídas por meio de trabalho escravo ou em condições desumanas. A medida foi anunciada pelo governo justamente em um momento em que estudos apontam para a existência de novos depósitos de diamantes no país.
O Processo de Kimberley foi lançado em 2002 por uma coligação de governos, da sociedade civil e da indústria dos diamantes, em resposta à utilização dos diamantes para o financiamento de algumas das mais devastadoras guerras civis em África. A norma estabelece padrões mínimos para o comércio de diamantes.
Além da certificação de diamantes, o Governo de Moçambique pretende criar entrepostos comerciais de pedras preciosas em Maputo e Nacala, para responsabilizar os participantes nas transações e para que a venda seja feita através de um canal único.