O storytelling de uma marca deve ser definido pelos olhos do cliente. A Gucci é um case porque ela sobre seus clientes em toda a comunicação
Contar a história de uma marca é algo desafiador para qualquer segmento do mercado. Mas para marcas de luxo é ainda mais crítico do que para qualquer outra categoria, pouquíssimas se destacam nessa empreitada, a Gucci é uma delas.
Quando falamos em storytelling, seu nome é referência de sucesso, por estar atrelada ao fato de possuir uma das estratégias mais interessantes do mercado de luxo. Fundamentalmente, Gucci é sobre uma expressão ousada e sem remorso da individualidade. Sua narrativa não é sobre os melhores couros, melhores materiais ou melhores produtos, embora faça isso com toda maestria. Em vez disso, ela aborda um insight relevante do consumidor: como as pessoas se sentem obrigadas a seguir as expectativas dos outros, sejam pais, amigos, colegas de trabalho ou a sociedade em geral.
Antes de qualquer outra marca, a Gucci entendeu esse sentimento e ofereceu às pessoas um “lar” ou um espaço seguro para autoexpressão e autocelebração. Cada campanha da Gucci é uma exaltação da sua singularidade e a de seus clientes. Enquanto a maioria das marcas falam sobre si mesmas, a Gucci fala sobre seus clientes, toda comunicação destaca o que a marca está permitindo que eles façam de maneira diferente.
As diversas atividades da marca estão intimamente ligadas por meio de uma narrativa clara do que ela oferece. Esse é o verdadeiro espírito da Gucci: executar uma história sem falhas com extrema precisão para criar um desejo extremo.
Hoje, o storytelling da marca deve ser definido pelos olhos do cliente. A pergunta mais crítica é: “O que a marca permite que seus clientes façam diferente?”
Fonte: Instituto do Luxo, fundado por Malu Albertotti