Gabriel Moura
A Ressigeac Gems Ltd colaborou recentemente com o Instituto de Gemologia Suíça (SSEF) para lançar uma iniciativa inédita destinada a aumentar a transparência no comércio de pedras preciosas. Philippe e Veronica Ressigeac, fundadores da Ressigeac Gems embarcaram em um projeto piloto para documentar cada passo da viagem de rubis ao mercado. “Toda a indústria está tentando mudar a direção para a rastreabilidade”, disse Philippe. “Muitas inovações foram implementadas para diamantes, mas está apenas começando para pedras preciosas coloridas, pois há muitos desafios a serem superados.”
O laboratório SSEF criou um documento que inclui um registro de quando a pedra bruta saiu da mina, quando foi submetida ao SSEF, se foi recortada após a análise do laboratório entre outros detalhes técnicos. “Trabalhamos principalmente com marcas de luxo e a investida geral para a rastreabilidade e sustentabilidade vem do consumidor final de produtos de luxo, que cada vez mais pede transparência na cadeia de fornecimento e quer saber que as pedras que comprou não estão chegando de uma área de conflito e / ou danificou o meio ambiente ”, diz Ressigeac.
Ele acrescenta que a empresa, especializada em rubis finos não tratados, safiras e pedras semipreciosas com mais de 1 quilate, pretende desenvolver relatórios de rastreamento semelhantes para outros tipos de gemas. “É uma causa digna e estou ansioso para ver como o projeto evolui. Embora eu não possa deixar de me perguntar por que ainda é tão pioneiro”, explicou Philippe.
Durante a última década, o comércio de gemas não conseguiu fazer com que a rastreabilidade se torne um procedimento operacional padrão. “Parece que o maior obstáculo é a apatia entre revendedores e varejistas que não querem exigir que seus fornecedores forneçam a documentação necessária para provar como uma jóia viajou da minha para o mercado”, avaliou Ressigeac. Mas há exceções, como por exemplo Eric Braunwart, da Columbia Gem House, líder no mercado de pedras preciosas de comércio justo.
