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Antes tendências, hoje hábitos

Antes tendências, hoje hábitos

Antes tendências, hoje hábitos

Pesquisa da Nielsen revela que o consumidor está concretizando hábitos que antes eram apenas tendências como ser mais saudável e priorizar marcas e produtos eco-friendly.

Por Erica Mendes

‘O consumidor tem adotado uma relação muito mais holística com a saúde e o meio ambiente, o que vem sendo concretamente refletido nas estratégias e nas vendas da indústria e do varejo brasileiro. As vendas de produtos saudáveis cresceram 12,7% no último ano e indústria e varejo se adaptam ao novo perfil do shopper, apostando na saudabilidade e sustentabilidade’, é o que revela a pesquisa Estilos de Vida 2019, da Nielsen.

Mas qual a relação desta informação com uma joalheria? Toda. Do ponto de vista da saudabilidade, o varejo de joias serve itens de alimentação e bebidas durante o atendimento, contrata serviço de buffet para eventos de lançamentos de coleções, ambientaliza vitrines e campanhas publicitárias que podem ter como cenários um jantar, por exemplo, além de exibir (ou não) um lifestyle ‘natural’ e apoiar causas ‘sustentáveis’ quando aderentes ao seu DNA. Do ponto de vista da sustentabilidade, a joalheria pode declarar a procedência das gemas e do ouro que compõem o seu portfólio de produtos, oriundos de uma mineração limpa e socialmente responsável, usar embalagens e demais produtos de apoio que não agridam a natureza, fazer reciclagem correta de lixo, entre outras iniciativas.

É importante considerar ainda que o mesmo cliente que busca por esses produtos saudáveis e prioriza marcas eco-friendly é o mesmo que consome joias. Diante disso, é importante ficar atento à todas as tendências e os comportamentos que, de alguma maneira, impactam o consumidor e considerar de que forma o seu negócio pode atender a esses requisitos.

Mais sobre a Pesquisa Estilo de Vida 2019

Ainda segundo a pesquisa da Nielsen, a população do Brasil está mais prática (55% dos entrevistados vai direto à loja para efetuar a compra), mais conectada (64% tem um smartphone), mais saudável (57% reduziu o consumo de gordura e 56% diminuiu a ingestão de sal), mais negociadora (64% escolhe as marcas pelo baixo preço) e mais sustentável (42% está mudando seus hábitos de consumo para reduzir o impacto no meio ambiente).

O meio ambiente já aparece como uma das 10 principais preocupações do brasileiro, ficando atrás apenas da violência, serviços públicos, aumento no custo de vida, educação e economia.

O shopper saudável – aquele que declara ir ao médico ao menos uma vez por ano, ter aumentado o consumo de orgânicos e diminuído a ingestão de sal, açúcar, gordura e industrializados – já representa 28% da população brasileira (Estilos de Vida 2018). Os domicílios formados por eles são, em sua maioria, compostos por 3 a 4 indivíduos, sem crianças e pertencentes ao nível socioeconômico (NSE) A e B, apresentando um maior ticket médio e indo mais vezes aos pontos de vendas. No entanto, mesmo com maior incidência no NSE mais alto, a busca por um consumo mais saudável e sustentável vem permeando todas as faixas da população brasileira, indo além de uma segmentação demográfica, como mostra a edição 2019 do estudo Estilos de Vida.

73% dos consumidores saudáveis afirmam que gastariam mais com marcas que se preocupam com o meio ambiente, porém, 43% deles declaram que ainda é difícil encontrar produtos sustentáveis nas lojas. No quesito saudabilidade, 64% afirmam seguir alguma dieta que limita ou proíbe o consumo de determinados produtos ou ingredientes: 44% gostariam de ter mais opções de produtos orgânicos, 26% adotaram uma dieta livre de glúten e 15%, sem lactose.

E para um terço da população brasileira, sustentabilidade já está entre as 3 principais preocupações do consumidor e 28% dos lares já adotam medidas saudáveis, destacando-se com maior frequência de compras e ticket médio mais alto em todos os canais.

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