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Tendência em joalheria: anéis minimal são o foco da Mamie Leonie

Tendência em joalheria: anéis minimal são o foco da Mamie Leonie

Tendência em joalheria: anéis minimal são o foco da Mamie Leonie

De volta como tendência em joalheria, os anéis usados nos dedos anelar e mínimo são o foco de Catharina Florence, nome por trás da neomarca Mamie Leonie

Por Silvana Holzmeister*

Catharina Florence

Sinete ou chevalier, os anéis usados nos dedos menores, têm uma longa tradição na joalheria, que remonta a cerca de 3.500 a.C. Distinção e conexão familiar estão entre os valores que acompanham até hoje essas peças delicadas e fortes ao mesmo tempo. Foi o conjunto dessas características que aguçou a curiosidade da joalheira Catharina Florence e a levou a formatar a Mamie Leonie, uma marca que produz apenas esses anéis de maneira personalizada. Descendente de franceses, ela já estava morando há oito anos em Paris quando retornou ao Brasil pouco antes da pandemia de Covid-19 para visitar os pais. Acabou ficando por aqui.

Nesse período, mergulhou nas histórias e nos costumes de sua família. “Sou canceriana. Quis resgatar um pouco da nossa essência”, conta, lembrando que dessa experiência veio a ideia de trabalhar com os anéis. “O chevalier sempre esteve presente entre nós, minha bisavó, que não conheci, também usava”, comenta, acrescentando que faz a ela homenagem com o nome da marca – Mamie Leonie é avó Leonie em francês. É o desejo de fortalecer a conexão com a origem e os parentes que movem as encomendas que Catharina recebe dos clientes. “Geralmente, as pessoas trazem o brasão da família, mas também há a possibilidade de eu desenvolver monogramas, que faço inspirada pelo alfabeto criado por Charles Demengeot, no século 19, com as letras sobrepostas”, explica a joalheira, que é formada em design de moda e trabalhou em áreas ligadas ao marketing, como no antigo ateliê de alta-costura do brasileiro Gustavo Lins, na capital francesa. A gravação é feita a laser sobre ouro 14, seu preferido pela coloração mais suave, ou 18 quilates. Há, ainda, a possibilidade de incluir nomes e frases no interior das peças e diamantes. O prazo é de 20 dias para a entrega. A personalização de uma joia – e a individualidade que ela incorpora – para ser usada todos os dias também tem transformado o sinete ou chevalier em tendência de moda.
Marcas de autenticidade sempre estiveram ligadas a esses anéis.

No Egito Antigo, faraós e outras figuras importantes comprovavam sua posição social de destaque com eles. Foi na idade do bronze que começaram a ganhar o formato que conhecemos hoje em dia. Na Idade Média, eram tão populares que qualquer pessoa que tivesse influência social exibia o seu, até em função de um decreto do rei Eduardo II, no século 14, que indicava que documentos e cartas deveriam ser assinados com o anel pressionado sobre cera quente.

“Era por isso que os brasões e monogramas eram feitos invertidos, assim a face correta aparecia depois de carimbada”, explica Catharina. Por causa da tradição, a maior parte dos anéis dessa época era destruída após a morte do dono, evitando a possibilidade de falsificação no futuro. No século 19, a joia ficou mais ornamentada com o acréscimo de pedras, geralmente cravada sobre um bisel giratório. Com o tempo e o avanço da escrita, essas joias eram passadas do pai para o filho primogênito, como forma de prestígio e continuidade do poder familiar.

Tipicamente, esse anel esteve ligado principalmente à figura masculina, ainda que mulheres também pudessem usá-lo. Daí chevalier, termo em francês para cavaleiro. Nele, ficava posicionado no dedo anelar; nelas, no mínimo. Hoje, essa regra já não tem força, podendo-se usar a peça sozinha em um desses dois dedos ou em composição com outros anéis.

Tendência em joalheria: anéis minimal são o foco da Mamie Leonie
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